Você sabia que sua mente distorce a sua realidade e que isso pode estar influenciando nos seus problemas em seus relacionamentos, trabalho, essas distorções de percepção da realidade pode ser o que está perpetuando a sua depressão, fobia e ansiedade?
Olha, esse é um dos conceitos mais importantes que você precisa entender se estiver passando por problemas emocionais de qualquer espécie, e é claro, se quiser sair dele.
Se você ainda não me conhece, meu nome é Jonatan Ribeiro e eu trabalho atendendo como terapeuta há mais de 7 anos.
As Distorções cognitivas são truques que nossa mente usa que não nos deixa percebermos a realidade como ela realmente é. São como lentes distorcidas, elas mudam nossa percepção da realidade, geralmente piorando tudo.
A SEGUIR EU VOU TE APRESENTAR ALGUMAS POSSÍVEIS DISTORÇÕES COGNITIVAS (DISTORÇÕES DO PENSAMENTO) QUE SUA MENTE PODE ESTAR FAZENDO.
Preste muito a atenção, porque essa informação pode literalmente te fazer despertar para um processo que até então você fazia de forma completamente automática, quase que inconscientemente.
AS DISTORÇÕES COGNITIVAS: SÃO padrões de pensamento que frequentemente são irracionais ou exagerados e podem levar a percepções distorcidas da realidade, afetando emoções e comportamentos.
Vamos lá:
- Pensamento tudo ou nada (pensamento dicotômico): Ver as coisas em categorias extremas, sem meio-termo (por exemplo, ver algo como perfeito ou terrível, sem espaço para nuance).
- Exemplo: Uma pessoa que comete um pequeno erro no trabalho pensa que arruinou completamente o projeto, ignorando qualquer progresso ou sucesso anterior.
- Sobregeneralização: Tirar uma conclusão geral baseada em um único evento ou peça de evidência.
- Exemplo: Após receber um comentário negativo em uma apresentação, um indivíduo conclui que sempre faz apresentações ruins e que sempre será mal avaliado.
- Filtro mental: Focar em um detalhe negativo e permitir que ele tinte toda a percepção da situação.
- Exemplo: Uma pessoa recebe vários elogios e uma crítica em sua avaliação de desempenho, mas foca exclusivamente na crítica, sentindo-se completamente ineficaz.
- Desqualificação do positivo: Rejeitar experiências positivas, insistindo que elas “não contam” por algum motivo, mantendo uma visão negativa.
- Exemplo: Um artista recebe vários elogios por sua exposição, mas desconsidera todos, acreditando que as pessoas estão apenas sendo gentis e que seu trabalho não é realmente bom.
- Saltar para conclusões: Fazer uma interpretação negativa mesmo na ausência de fatos que a apoiem, o que pode ocorrer de duas formas:
- Leitura mental: Acreditar que sabe o que os outros estão pensando, assumindo frequentemente o pior.
- Exemplo: Uma pessoa assume que seus amigos estão chateados com ela porque não responderam imediatamente a uma mensagem, mesmo sem evidências para sustentar essa crença.
- Adivinhação do futuro: Prever que as coisas vão dar errado ou que ocorrerá um desastre.
- Exemplo: Antes de uma entrevista de emprego, um candidato já está convencido de que não será selecionado, acreditando que algo dará errado, apesar de estar bem preparado.
- Leitura mental: Acreditar que sabe o que os outros estão pensando, assumindo frequentemente o pior.
- Magnificação (catastrofização) ou minimização: Exagerar a importância de coisas negativas ou minimizar a importância de coisas positivas.
- Exemplo: Quando um estudante recebe a maioria das notas altas e uma nota baixa, ele magnifica a importância da nota baixa e minimiza suas conquistas, acreditando que seu desempenho geral foi ruim.
- Raciocínio emocional: Acreditar que algo é verdadeiro porque você sente isso fortemente, independentemente da evidência contrária.
- Exemplo: Uma pessoa se sente como um fracasso e, portanto, conclui que deve ser um fracasso em todos os aspectos da vida, apesar das evidências de sucesso e competência.
- Declarações “deveria” e “não deveria”: Ter uma lista rígida de regras sobre como você ou outras pessoas deveriam agir e sentir-se culpado ou irritado quando estas regras não são seguidas.
- Exemplo: Um pai acredita firmemente que “deveria” ser capaz de fazer seu filho feliz o tempo todo e se sente um pai terrível quando isso não acontece.
- Rotulação: Colocar uma etiqueta negativa em si mesmo ou em alguém, em vez de descrever o erro específico que foi feito.
- Exemplo: Um aluno que falha em um teste se chama de “estúpido” ou “incapaz”, em vez de considerar a falha como uma oportunidade de aprendizado.
- Personalização: Ver a si mesmo como a causa de eventos externos negativos, que na realidade você não controlou.
- Exemplo: Uma pessoa se sente responsável pelo término do casamento de um amigo, acreditando que algo que disse inadvertidamente causou a separação, mesmo que não tenha relação direta com o ocorrido.
Perceba que existe um padrão entre todas essas distorções, que basicamente pode ser resumida em: não enxergar a realidade como ela é, mas enxergar baseada nos seus pensamentos sobre a realidade. Infelizmente seus pensamentos podem ser completamente opostos aos fatos.
Essas distorções cognitivas podem contribuir para a manutenção de transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão. A identificação e a reestruturação desses padrões de pensamento através de exercícios terapêuticos ou de terapia podem ajudar a desenvolver uma visão mais realista e menos negativa de si mesmos e do mundo ao seu redor.
A pergunta agora é: você conseguiu perceber ao menos um pouco das distorções que sua mente pode estar fazendo?